sexta-feira, 27 de maio de 2011

DIFERENÇAS SIM, DESIGUALDADES NÃO!


EM COMEMORAÇÃO A CAMPANHA NACIONAL DE EDUCAÇÃO - SEMANA DE AÇÃO MUNDIAL, CUJO TEMA DE 2011 FOI: DIFERENÇAS SIM!, DESIGUALDADES NÃO!, A EQUIPE DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, GENERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL DA SEDUC/MA, ESTEVE NA CIDADE DE CODÓ, MARANHÃO, NO DIA 26 DE MAIO, MINISTRANDO DUAS PALESTRAS SOBRE TEMAS QUE SUBSIDIARAM O DEBATE SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NA PROMOÇÃO DA IGUALDADE DIANTE DE TODAS DIVERSIDADES ENCONTRADAS NELA.




ESTA ATIVIDADE FOI ORGANIZADA PELA PLAN- ORGANISMO NAO GOVERNAMENTAL, HUMANITÁRIA SENS FINS LUCRATIVOS, SEM FILIAÇÃO RELIGIOSA OU POLÍTICA QUE VISA PROMOVER MELHORIAS SUSTENTÁVEIS NA VIDA DAS PESSOAS



COM A EQUIPE DA PLAN








PREPARAÇÃO PARA A PALESTRA: EDUCAÇÃO, GENERO E RELAÇÕES ÉTNICO RACIAIS









PROF. MAGNO MARTINS NA PALESTRA EDUCAÇÃO E ORIENTAÇÃO SEXUAL.









quinta-feira, 19 de maio de 2011



Unesco diz que vídeos do MEC são "adequados"

Para órgão da ONU, material atende às faixas etárias a que se destina Ele contribuirá "para a redução do estigma e da discriminação" e "para promover escola mais equânime", diz parecer

DE BRASÍLIA

A Unesco (órgão da ONU para a educação) considerou "adequados" os três vídeos do chamado kit anti-homofobia do Ministério da Educação, que vem provocando polêmica no Congresso. "O material do projeto Escola sem Homofobia está adequado às faixas etárias e de desenvolvimento afetivocognitivo a que se destina", afirma a organização.
O parecer foi elaborado com base em um documento chamado Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade, publicado pela Unesco em 2010.
Os vídeos foram enviados para a avaliação pela ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).
Trata-se de versão preliminar do material, divulgada para a imprensa em janeiro, e que foi parar na internet. A versão final está pronta, nas mãos do MEC, desde ontem.
"Estamos certos de que esse material contribuirá para a redução do estigma e da discriminação, bem como para promover uma escola mais equânime e de qualidade",
afirma a organização.
O documento foi assinado pelo representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, em fevereiro.
Para o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), o parecer da Unesco é uma prova de que os vídeos não trazem cenas inadequadas. "Não há nada de pornográfico."
Segundo ele, os vídeos seriam aplicados inicialmente apenas para um universo de 6.000 escolas, locais onde foi feita uma pesquisa e foi identificado comportamento homofóbico entre os alunos Ele também lembrou que os vídeos poderão ser aplicados apenas com a supervisão de professores.

FOLHA.com

terça-feira, 17 de maio de 2011

II Seminário alusivo ao Dia Internacional de Combate a Homofobia


Durante todo dia de hoje, 17 de maio, das 9h às 17h, no Plenário da OAB/MA, Rua Dr. Pedro Emanoel de Oliveira, nº 01 – Calhau, foi realizado o II Seminário alusivo ao Dia Internacional de Combate a Homofobia com o tema “Faça do Maranhão um Território Livre da Homofobia”, e que seguiu a seguinte programação:

PROGRAMAÇÃO
09h00 – MESA DE ABERTURA
Representante da SEDIHC
Representante da SEDUC
Representante da SEMU
Representante da SES
Representante da Segurança Pública
Representante da OAB/MA
Representante do CEDH
Representante do Fórum de ONG LGBT
Representante da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa
10h00 – Apresentação do Relatório dos Crimes Homofóbicos no Estado do Maranhão
11h00 – debate e encaminhamentos
12h00 – Apresentação da proposta preliminar do Programa de Promoção da Cidadania LGBT e de combate a Homofobia, “ Maranhão Sem Homofobia e com Cidadania” .
13h00 – ALMOÇO
14h00 – Mesa Redonda: “ Faça do Maranhão um Território Livre da Homofobia”
Representante da SEDIHC
Representante da SEDUC
Representante da Secretaria de Segurança Pública
Representante da OAB/MA
Representante da Defensoria Pública
Representante do Fórum de ONG LGBT
Representante da Coordenação do Programa Estadual DST/HIV/Aids
15h00 – DEBATE
16h00 – apresentação de experiências – Vídeo
16h30 – Apresentação do material publicitário, programação, estratégia de ação e atividades da Campanha “ Maranhão sem Homofobia”
17h00 – Encerramento – Coffee-break


O referido seminário foi organizado pela Secretaria de Estado dos Direitos humanos em parceria com o movimento LGBT do Maranhão.

VEJA ALGUMAS FOTOS DO SEMINÁRIO



PROF. MAGNO MARTINS E DRª NILDA TURRA NA MESA REDONDA




PROF. MAGNO MARTINS(SEDUC MA), DRª NILDA TURRA ( SECRETÁRIA ADJUNTA DOS DIREITOS HUMANOS) E PROFª ROSYENE CUTRIM (SEDUC MA)






MESA DE ABERTURA DO SEMINÁRIO






LEDA REGO- SECRETARIA DE ESTADO DA MULHER E MOVIMENTO DAS LÉSBICAS DO MARANHÃO E PROFª ROSYENE CUTRIM - SEDUC MA

















segunda-feira, 16 de maio de 2011



CONVITE


A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania – SEDIHC, têm a honra de convidar Vossa Excelência para participar do II Seminário alusivo ao Dia Internacional de Combate a Homofobia, com o Tema: “Faça do Maranhão um Território Livre da Homofobia”,
DIA: 17 de maio de 2011, terça-feira
HORARIO: das 09h00 as 17h00
LOCAL : Plenário da OAB/MA, a Rua Dr. Pedro Emanoel de Oliveira, nº 01 – Calhau.


Governo do Estado do Maranhão
Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania - SEDHC
Evento: DIA INTERNACIONAL DE COMBATE A HOMOFOBIA
Tema: FAÇA DO MARANHÃO UM TERRITORIO LIVRE DA HOMOFOBIA
Data: 17 maio de 2011 (3ª feira)
Local: Plenárinho da OAB / MA
PROGRAMAÇÃO
09h00 – MESA DE ABERTURA
Representante da SEDIHC
Representante da SEDUC
Representante da SEMU
Representante da SES
Representante da Segurança Pública
Representante da OAB/MA
Representante do CEDH
Representante do Fórum de ONG LGBT
Representante da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa
10h00 – Apresentação do Relatório dos Crimes Homofóbicos no Estado do Maranhão
11h00 – debate e encaminhamentos
12h00 – Apresentação da proposta preliminar do Programa de Promoção da Cidadania LGBT e de combate a Homofobia, “ Maranhão Sem Homofobia e com Cidadania” .
13h00 – ALMOÇO
14h00 – Mesa Redonda: “ Faça do Maranhão um Território Livre da Homofobia”
Representante da SEDIHC
Representante da SEDUC
Representante da Secretaria de Segurança Pública
Representante da OAB/MA
Representante da Defensoria Pública
Representante do Fórum de ONG LGBT
Representante da Coordenação do Programa Estadual DST/HIV/Aids
15h00 – DEBATE
16h00 – apresentação de experiências – Vídeo
16h30 – Apresentação do material publicitário, programação, estratégia de ação e atividades da Campanha “ Maranhão sem Homofobia”
17h00 – Encerramento – Coffee-break


Carta do Deputado Jean Wyllys - uma ode ao Estado Laico






SALVADOR, BA, sábado, 23 d abril de 2011 - 15sh

Em primeiro lugar, quero lembrar que nós vivemos em um Estado Democrático de Direito e laico. Para quem não sabe o que isso quer dizer, “Estado laico”, esclareço: O Estado, além de separado da Igreja (de qualquer igreja), não tem paixão religiosa, não se pauta nem deve se pautar por dogmas religiosos nem por interpretações fundamentalistas de textos religiosos (quaisquer textos religiosos). Num Estado Laico e Democrático de Direito, a lei maior é a Constituição Federal (e não a Bíblia, ou o Corão, ou a Torá).

Logo, eu, como representante eleito deste Estado Laico e Democrático de Direito, não me pauto pelo que diz A Carta de Paulo aos Romanos, mas sim pela Carta Magna, ou seja, pelo que está na Constituição Federal. E esta deixa claro, já no Artigo 1º, que um dos fundamentos da República Federativa do Brasil é a dignidade da pessoa humana e em seu artigo 3º coloca como objetivos fundamentais a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. A república Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos princípios da prevalência dos Direitos Humanos e repúdio ao terrorismo e ao racismo.

Sendo a defesa da Dignidade Humana um princípio soberano da Constituição Federal e norte de todo ordenamento jurídico Brasileiro, ela deve ser tutelada pelo Estado e servir de limite à liberdade de expressão. Ou seja, o limite da liberdade de expressão de quem quer que seja é a dignidade da pessoa humana do outro. O que fanáticos e fundamentalistas religiosos mais têm feito nos últimos anos é violar a dignidade humana de homossexuais.

Seus discursos de ódio têm servido de pano de fundo para brutais assassinatos de homossexuais, numa proporção assustadora de 200 por ano, segundo dados levantados pelo Grupo Gay da Bahia e da Anistia Internacional. Incitar o ódio contra os homossexuais faz, do incitador, um cúmplice dos brutais assassinatos de gays e lésbicas, como o que ocorreu recentemente em Goiânia, em que a adolescente Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, que, segundo a mídia, foi brutalmente assassinada por parentes de sua namorada pelo fato de ser lésbica. Ou como o que ocorreu no Rio de Janeiro, em que o adolescente Alexandre Ivo, que foi enforcado, torturado e morto aos 14 anos por ser afeminado.





O PLC 122 , apesar de toda campanha para deturpá-lo junto à opinião pública, é um projeto que busca assegurar para os homossexuais os direitos à dignidade humana e à vida. O PLC 122 não atenta contra a liberdade de expressão de quem quer que seja, apenas assegura a dignidade da pessoa humana de homossexuais, o que necessariamente põe limite aos abusos de liberdade de expressão que fanáticos e fundamentalistas vêm praticando em sua cruzada contra LGBTs.

Assim como o trecho da Carta de Paulo aos Romanos que diz que o “homossexualismo é uma aberração” [sic] são os trechos da Bíblia em apologia à escravidão e à venda de pessoas (Levítico 25:44-46 – “E, quanto a teu escravo ou a tua escrava que tiveres, serão das gentes que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas…”), e apedrejamento de mulheres adúlteras (Levítico 20:27 – “O homem ou mulher que consultar os mortos ou for feiticeiro, certamente será morto. Serão apedrejados, e o seu sangue será sobre eles…”) e violência em geral (Deuteronômio 20:13:14 – “E o SENHOR, teu Deus, a dará na tua mão; e todo varão que houver nela passarás ao fio da espada, salvo as mulheres, e as crianças, e os animais; e tudo o que houver na cidade, todo o seu despojo, tomarás para ti; e comerás o despojo dos teus inimigos, que te deu o SENHOR, teu Deus…”).



A leitura da Bíblia deve ensejar uma religiosidade sadia e tolerante, livre de fundamentalismos. Ou seja, se não pratica a escravidão e o assassinato de adúlteras como recomenda a Bíblia, então não tem por que perseguir e ofender os homossexuais só por que há nela um trecho que os fundamentalistas interpretam como aval para sua homofobia odiosa.

Não declarei guerra aos cristãos. Declarei meu amor à vida dos injustiçados e oprimidos e ao outro. Se essa postura é interpretada como declaração de guerra aos cristãos, eu já não sei mais o que é o cristianismo. O cristianismo no qual fui formado – e do qual minha mãe, irmãos e muitos amigos fazem parte – valoriza a vida humana, prega o respeito aos diferentes e se dedica à proteção dos fracos e oprimidos. “Eu vim para que TODOS tenham vida; que TODOS tenham vida plenamente”, disse Jesus de Nazaré.

Não, eu não persigo cristãos. Essa é a injúria mais odiosa que se pode fazer em relação à minha atuação parlamentar. Mas os fundamentalistas e fanáticos cristãos vêm perseguindo sistematicamente os adeptos da Umbanda e do Candomblé, inclusive com invasões de terreiros e violências físicas contra lalorixás e babalorixás como denunciaram várias matérias de jornais: é o caso do ataque, por quatro integrantes de uma igreja evangélica, a um centro de Umbanda no Catete, no Rio de Janeiro; ou o de Bernadete Souza Ferreira dos Santos, Ialorixá e líder comunitária, que foi alvo de tortura, em Ilhéus, ao ser arrastada pelo cabelo e colocada em cima de um formigueiro por policiais evangélicos que pretendiam “exorcizá-la” do “demônio”.

O que se tem a dizer? Ou será que a liberdade de crença é um direito só dos cristãos?

Talvez não se saiba, mas quem garantiu, na Constituição Federal, o direito à liberdade de crença foi um ateu Obá de Xangô do Ilê Axé Opô Aforjá, Jorge Amado. Entretanto, fundamentalistas cristãos querem fazer uso dessa liberdade para perseguir religiões minoritárias e ateus.

Repito: eu não declarei guerra aos cristãos. Coloco-me contra o fanatismo e o fundamentalismo religioso – fanatismo que está presente inclusive na carta deixada pelo assassino das 13 crianças em Realengo, no Rio de Janeiro.

Reitero que não vou deixar que inimigos do Estado Democrático de Direito tente destruir minha imagem com injúrias como as que fazem parte da matéria enviada para o Jornal do Brasil. Trata-se de uma ação orquestrada para me impedir de contribuir para uma sociedade justa e solidária. Reitero que injúria e difamação são crimes previstos no Código Penal. Eu declaro amor à vida, ao bem de todos sem preconceito de cor, raça, sexo, idade e quaisquer outras formas de preconceito. Essa é a minha missão.

Jean Wyllys (Deputado Federal pelo PSOL Rio de Janeiro)




Epidemia do ódio 260 homossexuais foram assassinados no Brasil em 2010.

Salvador, BA, segunda-feira 4 de março de 2011 - ás 11hs - por Luiz Mott, Claudio Almeida e Marcelo Cerqueira.

O Grupo Gay da Bahia (GGB),divulga o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais de 2010. Foram documentados 260 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil no ano passado, 62 a mais que em 2009 (198 mortes), um aumento 113% nos últimos cinco anos (122 em 2007). Dentre os mortos, 140 gays (54%), 110 travestis (42%) e 10 lésbicas (4%). O Brasil confirma sua posição de campeão mundial de assassinatos de homossexuais: nos Estados Unidos, com 100 milhões a mais de habitantes que nosso país, foram registrados 14 assassinatos de travestis em 2010, enquanto no Brasil, foram 110 homicídios. O risco de um homossexual ser assassinado no Brasil é 785% maior que nos Estados Unidos. Neste ano o GGB outorgou o troféu Pau de Sebo ao Deputado Jair Bolsonaro na condição de maior inimigo dos homossexuais do Brasil, considerando que sua cruzada antigay estimula a prática de crimes homofóbicos.

O Grupo Gay da Bahia, que há três décadas coleta informações sobre homofobia em nosso país, denuncia a irresponsabilidade do governo Lula/Dilma em garantir a segurança da comunidade LGBT: a cada dia e meio um homossexual brasileiro é assassinado, vítima da homofobia. Nunca antes na história desse país foram assassinados e cometidos tantos crimes homofóbicos. Nos três primeiros meses de 2011 já foram documentados 65 homicídios contra homossexuais.

A Bahia pelo segundo ano consecutivo lidera essa lista macabra: 29 homicídios, seguida de Alagoas, com 24 mortes, Rio de Janeiro e São Paulo com 23 cada. Rio Grande do Norte e Roraima registraram apenas um assassinato cada. Se relacionarmos a população total dos estados com o número de LGBT assassinados, Alagoas repete a mesma tendência dos últimos anos: é o Estado que oferece maior risco de morte para os homossexuais, cujo número de vítimas ultrapassa o total de todos os estados juntos da região Norte do país. Maceió igualmente é a capital onde mais gays são assassinados: com menos de um milhão de habitantes, registrou 9 homocídios, contra 8 em Salvador (3 milhões) , 7 no Rio de Janeiro (6 milhões) e surpreendentemente, 3 mortes na cidade de São Paulo, com 10 milhões de habitantes.

O Nordeste confirma ser a região mais homofóbica: abriga 30% da população brasileira e registrou 43% dos LGBT assassinados. 27% destes crimes letais ocorreram no Sudeste, 9% no Sul, 10% no Centro-Oeste, 10% no Norte. O risco de um homossexual do Nordeste ser assassinado é aproximadamente 80% mais elevado do que no sul/sudeste! 36% destes homicídios foram cometidos nas capitais, 64% nas cidades do interior.
Quanto a idade, 7% das vítimas eram “menor de idade” ao serem assassinados, 14% com menos de 20 anos; 46% menos de 30 anos, 6% na terceira idade. A faixa etária que apresenta maior risco de assassinato situa-se entre 20-29 anos: 28%. A vítima mais nova tinha 14 anos: a travesti Érica, morta com 14 tiros no Centro de Maceió e o mais velho, Josué Amorim, 78 anos, aposentado, assassinado por três rapazes a golpes de facão em sua residência em União dos Palmares (AL).

43% dos homossexuais foram mortos a tiros, 27% com facas, 18% vítimas de espancamento ou pedrada e 17%, sufocados ou enforcados. Vários destes crimes revelam o ódio da homofobia, sendo praticados com requintes de crueldade, tortura, empalamento, castração. A travesti Mauri, de Montalvânia, MG, foi morta com 72 facadas! 90% das travestis foram mortas a tiros na rua, enquanto gays morrem dentro de casa. As vítimas pertenciam a mais de 60 profissões, demonstrando a crueldade da homofobia em todos os segmentos sociais, predominando profissionais do sexo, cabeleireiros, estudantes, profissionais liberais, incluindo diversos pais de santo e padres.


O Grupo Gay da Bahia (GGB) disponibiliza em seu site WWW.GGB.ORG.BR as tabelas em que se baseiam este relatório anual assim como o manual “Gay vivo não dorme com o inimigo” como estratégia para erradicar os crimes homofóbicos. O prof.Luiz Mott, responsável por este levantamento, desabafa: “O aumento de 113% de assassinatos nos últimos cinco anos é genocídio! O Brasil tornou-se o epicentro mundial de crimes contra homossexuais. A Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República não implementou em tempo hábil as deliberações do Programa Nacional de Direitos Humanos II, nem do Programa Brasil Sem Homofobia e da 1ª Conferencia Nacional GLBT. O GGBB está enviando denúncia contra o Governo Brasileiro junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) e à Organização das Nações Unidas (ONU), pelo crime de prevaricação e lesa humanidade contra os homossexuais.” A própria Senadora Marta Suplicy tem repetido na mídia: “A situação dos homossexuais piorou no Brasil. Os assassinatos aumentaram!” O GGB reivindica como medida emergencial a divulgação de outdoors em todos os Estados com mensagens diretas alertando os homossexuais a evitarem situações de risco e estimulando a população respeitar as minorias sexuais.


Para o Presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, “há três soluções contra os crimes homofóbicos: ensinar à população a respeitar os direitos humanos dos homossexuais através de leis afirmativas da cidadania LGBT, exigir que a Polícia e Justiça punam com toda severidade a homofobia e sobretudo, que os próprios gays e travestis evitem situações de risco, não levando desconhecidos para casa, evitando transar com marginais.” Neste ano o GGB outorgou o troféu Pau de Sebo ao Deputado Jair Bolsonaro na condição de maior inimigo dos homossexuais, considerando que sua cruzada antigay estimula a prática de crimes homofóbicos.

Ao se questionar a presença da homofobia nos crimes contra homossexuais, o Prof.Luiz Mott contraargumenta: “quando se divulgam estatísticas de crimes contra mulheres, negros, índios, não se questiona se foram ou não crimes motivados pelo ódio, sem falar na subnotificação dos “homocídios”. Nos crimes contra gays e travestis, mesmo quando há suspeita do envolvimento com drogas e prostituição, a vulnerabilidade dos homossexuais e a homofobia cultural e institucional justificam sua qualificação como crimes de ódio. É a homofobia que empurra as travestis para a prostituição e para a margens da sociedade. A certeza da impunidade e o estereótipo do gay como fraco, indefeso, estimulam a ação dos assassinos.” Clique aqui e confira tabela dos assassinatos em 2010.
OBS: ESTE CARTAZ FAZ PARTE DA CAMPANHA DO GGB- GRUPO GAY DA BAHIA


GGB celebra 17 de maio com exposição e lançamento de manual contra ataques homofóbicos

NO DIA NACIONAL CONTRA A HOMOFOBIA






Salvador,Bahia, domingo, 16 de maio de 2011 - ás 23hs -

17 DE MAIO tornou-se oficialmente o Dia Nacional contra a Homofobia através de decreto do Presidente Lula de 7\6\2010. Nos principais países do mundo esta data é lembrada como um alerta para erradicar todas as formas de preconceito e discriminação contra as pessoas LGBT, que representam por volta de 10% da população mundial. Mais de 20 milhões de brasileiros, cujo índice de assassinatos aumentou em 113% nos últimos cinco anos. Em 2010 foram notificados 260 assassinatos de gays e travestis, contando-se já em 2011 um total de 76 “homocídios”, fazendo do Brasil o campeão mundial de crimes homofóbicos. O risco de uma travesti ser assassinada no Brasil é 785% maior que nos Estados Unidos.

Para marcar esta data, o Grupo Gay da Bahia, que há três décadas coleta informações e divulga anualmente o Relatório de Assassinatos de Homossexuais, lança o MANUAL DE DEFESA CONTRA ATAQUES HOMOFÓBICOS, com 10 “dicas” para não ser a próxima vítima. O lançamento deste folder será na Sede do GGB, dia 16 de maio, 2ª feira, as 15hs, com abertura da Exposição ASSASSINATO DE HOMOSSEXUAIS NA BAHIA, com cartazes e fotos sobre homofobia. Entre 1970-2011 foram documentados o assassinato de 411 assassinatos de gays, travestis e lésbicas na Bahia, sendo que nos últimos cinco anos o Estado vem ocupando o primeiro lugar no ranking da violência homofóbica, 29 assassinatos em 2009, mais que São Paulo (25 mortes) que tem população 3 vez maior. Dentre as vítimas, 54% gays, 42% travestis e 4% lésbicas. No ultimo carnaval, em Salvador, um gay foi atirado para fora do ônibus em movimento, sofrendo graves ferimentos, simplesmente porque os assaltantes perceberam que era homossexual.

Entre as 10 dicas contra ataques homofóbicos, evitar locais desertos, desviar de tipos mal encarados, gritar e reagir quando ameaçado, registrar queixa na delegacia.

MANUAL DE DEFESA CONTRA ATAQUES HOMOFÓBICOS

Amigo Gay, Lésbica e Tans

A Lei está do nosso lado. A Constituição Federal e o Código Penal não nos proíbem andar de mãos dadas, abraçar e beijar em público. O que não é proibido é permitido! Fazer carinho em público é um direito de todo cidadão e cidadã! Diferentemente, crime comete quem nos ameaça, insulta ou agride por ser como somos. Crime é fazer sexo em público, atentado ao pudor, assédio sexual, pedofilia: devemos denunciar e erradicar tais ilícitos de nossa sociedade.

Quanto mais casais homossexuais demonstrarem carinho em público, muitos outros LGBT vão igualmente sair do armário e mais rápido a sociedade vai aprender a nos respeitar. Porém, como ainda existe muita gente ignorante, racista, machista, homofóbica e cheia de preconceitos; como têm ocorrido pelo Brasil a fora várias agressões e discriminações contra LGBT que manifestavam carinho ou simplesmente que foram identificados como “viados”, temos de estar preparados para evitar ser a próxima vítima, sem abrir mão de nossa liberdade de amar. Siga essas sugestões que certamente lhe ajudarão a sobreviver e enfrentar o“heterrorsexismo”- este o ódio homofóbico que infelizmente faz do Brasil o campeão mundial de crimes e assassinatos contra LGBT: um “homocídio” a cada 36 horas!

10 DICAS PARA SE DEFENDER DE ATAQUES HOMOFÓBICOS.

1. 70% dos assaltos e agressões na rua podem ser evitados se prestarmos mais atenção ao nosso redor: ao sair de casa, sozinho ou acompanhado, olhe para todos os lados e esteja atento para se afastar de pessoas suspeitas que lhe despertem insegurança. Isso não é paranóia, é precaução! Procure estar sempre com as mãos livres.

2. Estando só, em casal ou em grupo na rua, olhe sempre para trás, para os lados e se ficou inseguro com a aproximação de alguém mal encarado, sobretudo bando de carecas, skin-heads, acelere o passo, atravesse para ao outro lado da rua, mude de direção, entre na primeira loja que encontrar, fique junto de outras pessoas. Tudo discretamente para não provocar irritação nos caras.

3. Mude sempre o itinerário que costuma seguir no cotidiano e preste atenção nas pedras, pedaços de paus, sacos e latas de lixo na calçada que poderão, numa emergência, ser usados para se proteger, para assustar o malfeitor ou revidar alguma agressão. Uma pessoa prevenida vale por duas. Evite dar pinta quando estiver sozinho ou em lugares isolados, pois marginais aproveitam da fragilidade dos gays para atacar.

4. Nós, gays, lésbicas e trans temos os mesmos direitos dos heterossexuais: não é crime andar de mãos dadas em público, abraçar, beijar, acariciar, seja na rua, seja em estabelecimentos comerciais. Atentado ao pudor é proibido para todos: nunca transe em parques, jardins, casas abandonadas, construções, praia, etc. É perigoso e pode ser preso. Evite paquerar e transar com tipos marginais, pois costumam ser mais violentos e homofóbicos.

5. Em restaurantes, praças de alimentação, jardins e lugares públicos, siga a maioria: se nenhum casal heterossexual estiver namorando, dando beijo de língua, é melhor não chamar a atenção. Carícias sexuais, além de ser crime de ultraje ao pudor público, geralmente provocam reação dos mais moralistas. Guarde tais manifestações homoeróticas mais explícitas para quando estiver em casa, boites ou saunas gays.

6. No caso de ser repreendido, insultado ou ameaçado de expulsão de estabelecimentos comerciais, pelo fato de estar namorando como os demais freqüentadores héteros, tenha calma: é melhor não discutir e não insulte o intolerante. Chame o gerente, o proprietário ou alguma autoridade e diga que homofobia é crime, o namoro não. Se houve agressão verbal ou física por parte de algum freqüentador ou funcionário, fale alto que está sendo discriminado por homofobia, para que todos saibam o que aconteceu, tente encontrar pessoas solidárias para vos defender e ser testemunhas da discriminação.

7. No caso de ser vítima de qualquer preconceito, discriminação ou violência, telefone para a Polícia (190), procure e exija educadamente intervenção ao policial mais próximo. Leve testemunhas e se possível também o agressor ou quem o discriminou. Faça Boletim de Ocorrência (B.O.) na delegacia do bairro onde ocorreu o crime e solicite requisição de corpo de delito. Faça os exames logo em seguida. Entre em contacto com o grupo lgbt mais próximo. Denuncie no Disk 100. Silêncio = Morte!

8. Sempre discuta e combine com quem estiver ao seu lado medidas de segurança e defesa mútua em caso de ameaça ou violência. Sobretudo de noite ou madrugada, evite ruas escuras ou desertas. Se repentinamente aparecer um ou mais potenciais agressores, o melhor é vocês saírem correndo juntos em direção a um local mais movimentado ou policiado. Cuidado para não tropeçar e cair no chão. Se não conseguir escapar, reaja, lute e se defenda com todas suas forças!

9. Se não teve tempo de se desviar, ao cruzar com um ou mais mal encarados, demonstre que você é forte, seguro e está preparado para se defender ou mesmo atacar se for ameaçado. Olhe com cara séria para quem te olhar, mostre discretamente seus punhos fechados na frente do peito como se fosse dar socos. Se o vagabundo vier com arma de fogo, fique imóvel e tente dialogar. Se mostrou uma faca, saia correndo.

10. Caso não tenha conseguido escapar, no caso de ser agredido, proteja sobretudo o rosto e a cabeça. Tire um sapato ou pegue algum pau ou pedra no chão e tente bater forte na cara do agressor: Use suas chaves, caneta, como arma para furar ou cortar o inimigo. Procure dar chutes na genitália do cara, enquanto se defende e revida seus ataques. Isso é legítima defesa da vida! Grite: Socorro! Fogo! Ladrão! Polícia! Homofobia! Faça tudo para fugir para longe. Gay LGBT vivo, evita o ataque do inimigo!

COLETIVA PAR IMPRENSA E TV NA SEDE DO GGB, R.FREI VICENTE, 24, PELOURINHO

2ª FEIRA, 16 DE MAIO, 15HS. FONES: 33222552 - 99894748

GRUPO GAY DA BAHIA - WWW.GGB.ORG.BR

Consulte no nosso site GAY VIVO NÃO DORME COM O INIMIGO

Apoio: Verba parlamentar da Senadora Lídice da Matta, PSB\Ba

Dia Nacional\Mundial contra a Homofobia: 17-5-2011


Seminário Internacional em Política e Governança Educacional para a cidadania, diversidade, direitos humanos e meio ambiente




Em tempos marcados por uma globalização neoliberal é fundamental discutir e se posicionar criticamente frente aos desafios locais e globais da política e governança educacional diante da cidadania, diversidade (social, cultural, étnica, religiosa, sexual, linguística), direitos humanos e meio ambiente.

Nesse sentido, a relevância do Seminário está em criar um espaço democrático e dialógico para que alunos de pós-graduação, educadores populares e de educação básica, gestores, especialistas, mestres e doutores em educação e áreas afins possam analisar criticamente políticas e programas nacionais e internacionais voltados para a erradicação do racismo, da desigualdade e da garantia de direitos humanos fundamentais no Brasil e no mundo.


A realização de um Seminário Internacional em Política e Governança Educacional para a cidadania, diversidade, direitos humanos e meio ambiente é de grande importância porque aborda questões referentes à política e administração educacional em uma perspectiva ainda pouco discutida pelos programas de mestrado e doutorado em educação no Brasil. Em tempos de globalização neoliberal e suas novas formas de exclusão social e violação de direitos, é fundamental a discussão e o posicionamento crítico diante dos desafios locais e globais da política e da governança educacional tendo em vista a cidadania, a diversidade, os direitos humanos e o meio ambiente. É importante compreender a influência que os novos atores (nacionais e internacionais) assumem diante do processo de elaboração, implantação e gestão de políticas educacionais.

O seminário surgiu como uma atividade acadêmica voltada para o fortalecimento da linha de concentração do Programa de Mestrado e Doutorado em Educação da UCB “Política e
Administração Educacional” e está vinculado às atividades das duas linhas de pesquisa dessa área: “Política, Gestão e Economia da Educação” e “Educação, Juventude e Sociedade”.


O evento também faz parte do projeto de internacionalização do Programa, que engloba parcerias acadêmicas com instituições internacionais de ensino superior, tais como: University of Alberta e University of Ottawa, ambas canadenses. Uma vez que quatro palestrantes são dessas instituições, o seminário também é uma oportunidade para que docentes e discentes da pós-graduação, bem como o público em geral, possam conhecer melhor esses professores e se engajar em projetos de parceria (doutorado sanduíche, estudos de pós-doutorado, publicações, etc.).


O evento conta com a parceria e apoio da Fundação Universa, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, do Grupo de Pesquisa GERAJU da Faculdade de Educação da UnB (Educação em Políticas Públicas: gênero, raça/etnia e juventude), do Curso de Pedagogia da UCB e do Espaço Afro-Brasilidade da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal/EAPE.

O seminário cria oportunidades para que docentes, discentes, especialistas e pesquisadores da área apresentem suas pesquisas (em andamento ou concluídas) e publiquem seus trabalhos. Além disso, o evento motiva os participantes para a aprendizagem, reflexão crítica e elaboração própria. O evento contará com um Fórum de Discussão à distância, onde todos os participantes terão a oportunidade de postar suas idéias e dialogar com os palestrantes e demais inscritos antes, durante e após o evento presencial, o que possibilitará maior aproximação aos temas do Seminário e, por conseguinte, maior preparação para os debates no evento.

As discussões realizadas no seminário estarão divididas em eixos temáticos e cada trabalho a
ser submetido deverá especificar seu eixo:

Eixo 1 – Políticas Públicas, Governança e Gestão Educacional: desafios sociais
Eixo 2 – Política Educacional, Cidadania e Movimentos Sociais: perspectivas e desafios locais e
globais
Eixo 3 – Política e Gestão Educacional para a Diversidade (étnico-racial, sexual, social, cultural,
lingüística)
Eixo 4 – Política e Gestão Educacional em e para os Direitos Humanos e o direito à educação no
Brasil
Eixo 5 – Política e Gestão Educacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Eixo 6 – Política e Gestão Educacional, Sociedade e Juventude


Datas Importantes

Inscrição no Seminário: 23/05 a 17/06/2011
Para residentes no Distrito Federal: As inscrições deverão ser feitas no
Programa de Mestrado e Doutorado em Educação da Universidade Católica de
Brasília, Campus II no seguinte endereço:SGAN 916 - Módulo B - W5 Norte –
Sala A016 / A017


Para residentes em outros Estados e Países: Entrar em contato com a
Assessoria do Programa em Educação da UCB, pelo e-mail: marthap@ucb.br (em
Português, Inglês ou Espanhol) para obter informações sobre formas especiais
para inscrições e pagamento.


Inscrição de trabalhos 23/05 a 03/06/2011
É necessário efetuar o pagamento da inscrição para a submissão de trabalhos.


Divulgação dos trabalhos aprovados 24/06/2011
A divulgação será feita no site do Programa:
http://www.ucb.br/Cursos/121Educacao/


Período de realização do Seminário: 02 e 03 e 06/08/2011 Fórum*
O Seminário inclui atividades presenciais e virtuais. A participação virtual
acontecerá em Fórum de discussão sobre a temática e acontecerá antes, durante e
após o evento presencial.

Cada inscrito participará debatendo questões feitas pelos palestrantes das mesas redondas em ambiente virtual criado para esse fim. No ato da inscrição, o participante receberá login e senha para acesso ao fórum de discussões.

Seminário Presencial 04 e 05/08/2011


http://www.ucb.br/Cursos/PosGraduacao/?slT=8
14.05.2011
Anistia Internacional denuncia Brasil marcado por desigualdades e violência

Relatório da entidade de direitos humanos ressalta o alto índice demortes cometidas por policiais e a forte atuação das milícias nasgrandes cidades brasileiras: velhos problemas não resolvidos.Os altos índices de violência, a atuação das milícias policiais e aspéssimas condições nos presídios são os principais alvos das críticasao Brasil, feitas pela Anistia Internacional, em seu relatório anualsobre direitos humanos divulgado nesta sexta-feira (13/05).

Segundo a Organização Não-Governamental, a violência causada tanto porcriminosos quanto por policiais continuam representando "o maiorproblema das grandes cidades brasileiras". As comunidades maiscarentes, especialmente os moradores das favelas, continuam sendo asprincipais vítimas do descaso das autoridades, sobretudo no que serefere ao direito à moradia e acesso a serviços básicos.

O relatório destaca ainda que no último ano do mandato do presidenteLuiz Inácio Lula da Silva o Brasil registrou crescimento econômico,estabilidade política e uma boa posição no campo internacional. No entanto, ressalta o balanço, a "enorme desigualdade" ainda persiste,apesar dos progressos obtidos na luta contra a pobreza.

Violência policial

Os dados divulgados pela Anistia Internacional referem-se ao ano passado e revelam que, de janeiro a dezembro, a polícia brasileiramatou 855 pessoas em situações descritas como "resistência ao poderestatal". Os chamados "esquadrões de morte", formados por policiais eautoridades de segurança fora de serviço, permaneceram ativos emvárias cidades.

Enquanto em alguns estados brasileiros o número total de homicídioschegou a cair, o índice de violência envolvendo polícia e ganguesaumentou. A ONG cita que mais de 50 pessoas foram mortas em apenas uma semana durante ações policiais desencadeadas a partir de novembro, em retaliação a bandidos que atacaram delegacias e chegaram a queimar 150veículos no Rio de Janeiro.A entrada de aproximadamente 2,6 mil policiais, com apoio do Exército e até da Marinha brasileiras, no Complexo do Alemão para a instalaçãode uma Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) também é destaque norelatório. Até então, diz o documento, "o local era disputado pelos maiores grupos de traficantes rivais". Ainda de acordo com a AnistiaInternacional, as UPPs – em funcionamento desde 2008 – ajudaram areduzir a violência nos locais onde foram instaladas.

Torturas nas prisões

Cadeias apertadas, presos depositados em espaços sem as mínimas condições higiênicas, sob condições desumanas – assim a Anistiadescreve os sistema carcerário brasileiro."As autoridades perderam o controle sobre muitas instituições, o quelevou a vários motins e homicídios", completa. Entre os exemploscitados no relatório está o assassinato de 18 presos em duas rebeliõesocorridas no Maranhão entre gangues rivais – sendo que quatro foram decapitados.Segundo a ONG, a tortura em prisões, em celas de delegacias e em centros de detenções de menores aumentou bastante no ano passado. No final do ano, porém, a Casa Civil teria ficado de analisar umaproposta de lei para introduzir medidas preventivas contra a tortura,seguindo um protocolo estabelecido por uma Convenção das Nações Unidase ratificado pelo Brasil em 2007.

Catástrofes e falta de moradia

O direito à moradia também vem sendo fortemente infringido no Brasil,revelou o levantamento da Anistia Internacional. Alagamentos em SãoPaulo, Rio de Janeiro, Alagoas e Pernambuco levaram a centenas demortes na primeira metade do ano passado, e pelo menos 10 mil pessoasficaram desabrigadas.A entidade denuncia o descaso das autoridades com os moradores doMorro do Bumba, no Rio de Janeiro, que veio abaixo após fortes chuvasna cidade, matando mais de 100 pessoas. A favela havia sido erguida sobre uma montanha de lixo e oferecia sérios riscos aos moradores,devido à contaminação tóxica e à instabilidade do solo, detalhados emum estudo da Universidade Federal Fluminense de 2004.Nada, porém, foi feito no sentido de reduzir os riscos ou transferir acomunidade de local. Para piorar a situação, até o final do ano passado os flagelados continuavam em abrigos provisórios instalados emantigos quartéis militares, em péssimas condições, aguardando alguma solução por parte do governo do estado. Algumas comunidades também revelaram à entidade estarem sendo ameaçadas de despejo, devido às obras relativas à infraestrutura necessária para a Copa de 2014 e às Olimpíadas de 2016.

Impunidades

A Anistia ressalta que, no ano passado, índios brasileiros que lutam pelos direitos estabelecidos em lei foram vítimas de discriminação,intimidação e violência. Caso mais emblemático é a briga pelo reconhecimento dos direitos da comunidade Guarani Kaiowá pelo direitoà terra no Mato Grosso do Sul. Os índios vêm sendo frequentemente ameaçados e atacados por seguranças armados, contratados pelos fazendeiros da região.As condições de trabalho no Brasil, de maneira geral, são más, segundo o relatório. Trabalhadores rurais, especialmente na pecuária e nas plantações de cana-de-açúcar, são os que mais têm seus diretos violados. A Anistia também critica neste ponto a demora do Congresso brasileiro em votar importantes mudanças na Constituição, sugeridas em1999 para melhorar as condições dos trabalhadores.A entidade aponta dificuldades no Brasil na defesa dos direitos humanos e em superar a impunidade no país. "Na América Latina, oBrasil continua em último lugar no que diz respeito a uma elaboraçãoa dequada das graves violações dos direitos humanos cometidas durante oregime militar", aponta o relatório, ressaltando que muitosresponsáveis por torturas, estupros e desaparecimentos durante os anosde chumbo (1964-85) até hoje não foram devidamente punidos.

Autora: Mariana Santos
Revisão: Augusto Valente

terça-feira, 10 de maio de 2011



Semana dos Povos Indígenas no Maranhão


Realização

Secretaria de Estado da Cultura
Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão
Associação Comunitária Nayru’i Taw - Tarumã, Chupé e Lagoa Quieta


São Luís
Abril/ 2011



Apoio Institucional

Fundação Nacional do Índio / Administração Executiva/Imperatriz
Secretaria de Estado da Educação - FUNAI
Secretaria de Extraordinária da Igualdade Racial - SEIR
Núcleo de Pesquisa em Direito e Diversidade – NUPEDD/UNDB
Conselho Indigenista Missionário- CIMI
Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão – COAPIMA



SUPERVISÃO DE EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA


Associação Comunitária Nayru’i Taw - Tarumã, Chupé e Lagoa Quieta





ATIVIDADES PREVISTAS

1. MESA DE ABERTURA: Abertura solene que contará com a presença, da Governadora do Estado, de representantes das secretarias de Estado envolvidas, das agências, instituições indigenistas e de representantes dos povos indígenas no Maranhão:
Roseana Sarney – Governadora do Estado do Maranhão
Luis Henrique de Nazaré Bulcão – Secretário de Estado da Cultura – SECMA
Olga Simão - Secretária de Estado da Educação - SEDUC
Claudeth Ribeiro - Secretária Extraordinária de Igualdade Racial - SEIR
José Leite Piancó Neto – Fundação Nacional do Índio - FUNAI
Sônia Bone Guajajara – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira - COIAB

2. CONFERÊNCIA DE ABERTURA: Awá-Guajá – Luta e Sobrevivência dos nômades da floresta.

Participantes Convidados:
Lideranças do Povo Awá Guajá
Bruno Fragoso – Coordenador da Frente Etno-Ambiental – FUNAI
Sônia Bone Guajajara – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB
Rosana de Jesus Diniz Santos – Conselho Indigenista Missionário – CIMI
Representante do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
Moderador: Norval (Linguista) – Universidade Federal do Maranhão – UFMA
Apresentação Cultural dos Awá -Guajá -Terra Indígena Pindaré
Local e Data: 10 de Maio – 19:00h – Teatro Alcione Nazaré.

3. MESAS REDONDAS:
Serão realizas sessões temáticas abordando diferentes aspectos sociais culturais políticos e simbólicos dos povos indígenas. Participarão dessas Mesas representantes dos povos indígenas, de organizações não-governamentais atuantes nesses campos específicos, representantes de associações e outras organizações indígenas a nível local e regional.
MR 1 – A Festa do Caju dos Ka’apor
Participantes Convidados:
Valdemar Ka’apor e lideranças
Moderador: Rafael Pessoa – Antropólogo – Universidade Federal do Amazonas
Local e Data: 11 de Maio - Teatro “Alcione Nazaré” - Centro de Criatividade “Odylo Costa, filho” – Horário: 09:00 às 11:00 Horas.
MR 2 – A Festa do Mel dos Tenetehara
Lançamento do documentário Zemuish-ohaw - “A Festa do Mel”.
Participantes Convidados:
Maria Santana Guajajara
Vicente Ramúi Guajajara
Cíntia Guajajara
Moderador: João Damasceno G. Figueiredo
Local e Data: 11 de Maio - Teatro “Alcione Nazaré” - Centro de Criatividade “Odylo Costa, filho” – Horário: 15:00 às 17:00 Horas
MR 3 – Ritual da “Viagem ao Céu” dos Awá-Guajá
Lançamento do documentário Awá Ka’apará
Participantes Convidados:
Lideranças Awá Guajá
Rosana de Jesus Diniz Santos – Conselho Indigenista Missionário – CIMI
Paulo do Vale – Cinegrafista
Moderador: Antonio Santana – Mestrando em Linguística
Local e Data: 12 de maio - Teatro “Alcione Nazaré” - Centro de Criatividade “Odylo Costa, filho” – Horário: 09:00 às 11:00 Horas.
MR 4 – Ritual da Festa do Ceveiro – índios Gavião Pukobiê
Participantes Convidados:
Lideranças do povo Gavião Pukobiê
Moderador: Profa. Dra. Mirtes
Local e Data: 13 de maio - Teatro “Alcione Nazaré” - Centro de Criatividade “Odylo Costa, filho” – Horário: 15:00 às 17:00 Horas.
MR 5 – Lançamento de Material Didático - Pedagógico das Escolas Indígenas – Organizado pela Supervisão de Educação Escolar Indígena/Secretaria de Estado da Educação.
Participantes Convidados:
Iza Quadros – Supervisão de Educação Escolar Indígena – SUPEIND/SEDUC
Rose Panet – Antropóloga – Consultora da SUPEIND/SEDUC
Local e Data: 13 de maio - Teatro “Alcione Nazaré” - Centro de Criatividade “Odylo Costa, filho” – Horário: 9:00 às 11:00 Horas.
MR 6 – Homenagem aos índios Carapirú (Awá) e a Francisquinho Tep Hot (Canela)
Participantes Convidados:
Carapiru – Índio Awá-Guajá
Francisquinho Tep Hot – Liderança Canela
Moderadora: Rose Panet
Local e Data: 12 de maio - Teatro “Alcione Nazaré” - Centro de Criatividade “Odylo Costa, filho” – Horário: 15:00 às 17:00 Horas.

4. APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS E APLICADOS:
Participantes: Professores, Graduados e Pós-graduados; Técnicos de Instituições Indigenistas (FUNAI, FUNASA, SEDUC, etc); Alunos concludentes; Representantes de ONGs e Associações; Representantes Indígenas e outros apresentarão trabalhos acadêmicos (Teses, Dissertações e Monografias, resultados de pesquisa; projetos aplicados) sobre temas relacionados aos povos indígenas no Maranhão e Brasil. Após cada ciclo de apresentações será promovido debates junto aos presentes.
Local e Data: 13 de maio. Sala de Multimídia (CCOCf)
Horário: 14 às 17 Horas.

5. PAINÉIS E OFICINAS TEMÁTICAS
a) Oficinas Temáticas:
Representantes dos diversos grupos indígenas no Maranhão ministrarão oficinas sobre elementos de cultura imaterial (cantos, danças, mitos, línguas) e de cultura material (pintura corporal, adornos corporais, artesanato, instrumentos musicais e utensílios) desses povos. Aberto aos interessados.
Local e Data: Dias 11 A 13 Maio – Instalações do CCOCf –
Horário: 9 às 11:00 Horas.
· 11 de Maio, Sala de Pinturas - Oficina de pintura corporal, ministrada pelos Guajajara.
· 11 de Maio, Sala de Multimídia – Oficina de Mitos, Cantos e Danças dos Canela, que recepcionarão o público e contarão historias tradicionais de seu povo (apresentação de instrumentos musicais).
· 12 de Maio, Sala de Danças – Oficina de Mitos, Cantos e Danças dos Gavião que recepcionarão o público e contarão historias tradicionais de seu povo (apresentação de instrumentos musicais).
· 12 de Maio, Sala de Pinturas - Oficina de pintura corporal, ministrada pelos Canela.
· 13 de Maio, Sala Multimídia – Oficina de Mitos, Cantos e Danças dos Krikati que recepcionarão o público e contarão historias tradicionais de seu povo (apresentação de instrumentos musicais).
· 13 de Maio, Sala de Danças – Oficina de Mitos, Cantos e Danças dos Guajajara que recepcionarão o público e contarão historias tradicionais de seu povo (apresentação de instrumentos musicais).

6. EXPOSIÇÕES e MOSTRAS
a) Exposição “Cultura Material da Pré - História do Maranhão”
Mostra de peças do Acervo do CPHNAM contendo artefatos cerâmicos, líticos dos povos pré-históricos do Maranhão.
Local: Mesanino. – Período: 10 a 14 de maio de 2011
b) Exposição “Arte Indígena no Maranhão”
Mostra que reunirá acervo da cultura material contemporânea dos diversos povos.
Local: Galeria do CCOCf. – Período: 10 a 14 de maio de 2011
c) Exposição: O Cotidiano e o Ritual entre os Povos Indígenas no Maranhão.
Exposição que reúne painéis fotográficos de diversos autores, tiradas no dia a dia e nos momentos rituais das mais diferentes Terras Indígenas.
Local: Galeria do CCOCf – Período: 10 a 14 de maio de 2011
d) Mostra de Vídeos Etnográficos

e) Feira “Arte e Artesanato Indígena”
Feira de artesanato elaborado com as mais diversas matérias primas, contendo colares, pulseiras, brincos, maracás, cestos, bolsas, saiotes, redes, arco e flecha.
Local: Praia Grande - Período: 11 a 13 de Maio de 2011.

7. APRESENTAÇÃO DE CANTOS, DANÇAS AO SOM DE INSTRUMENTOS MUSICAIS INDÍGENAS.
Serão apresentados Cantos e Danças de diferentes culturas indígenas no Maranhão: Tenetehara (Guajajara); Ka’apor; Awá; Canela; Krikati; Pukobyê; Krepum.
Local: Saguão do CCOCf e Anfiteatro – Dias 10 a 13 de Maio de 2011– 17 às 19 Horas.



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